Um grupo de estudantes do Curso de Direito da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia – UESB esteve ontem, quinta-feira, 13 de setembro no Assentamento Pátria Livre e no Povoado Cafezal ambos em Barra do Choça, colhendo informações e depoimentos de moradores para a produção de um documentário sobre os efeitos causados pelo monocultivo do eucalipto na região do sudoeste.

Acompanhados por um membro da Comissão Pastoral da Terra – T  e pelo vereador Jorge Amorim, a comissão conversou com moradores e percorreu as principais áreas afetadas pelo plantio do eucalipto em Barra do Choça. O referido vídeo será utilizado no Seminário a ser realizado em Vitória da Conquista nos dias 29 e 30 de novembro. A iniciativa é da T, CEAS, MPA, MST, MTD, do NAJA – Núcleo de Assessoria Jurídica Alternativa, dentre outros.

Participaram as estudantes, Carla Neves, Ariana Alencar e Ana Franciele. Segundo a estudante do IV Semestre de Direito da UESB, Carla Neves (20), o combate do mocultivo do Eucalipto deve ser uma luta de toda a sociedade civil, para ela, as transformações só são possíveis a partir da clara consciência dos problemas e luta diária por melhores condições de vida, e ninguém conhece melhor os impactos causados pelo eucalipto do que quem os vivencia, concluiu.

Durante os depoimentos dos moradores do Pátria Livre e do Povoado Cafezal, eles apresentaram inúmeras situações em que demonstram os danos causados por esta cultura, dentre eles destacamos, o ressecamento do solo,  o desaparecimento de espécies animais e de plantas da região, a falsa promessa de emprego e o encarecimento dos produtos agrícolas.

Já o vereador Jorge Amorim, ao ser entrevistado destacou a necessidade da criação de um mecanismo que coíba o aumento do plantio do eucalipto no município, pois segundo o vereador, a vocação de Barra do Choça é produzir alimentos e água, para tanto, já está na Câmara Municipal um Projeto de Iniciativa Popular que coíbe o plantio desta espécie em Barra do Choça.